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Dããã ahhhahahaha |
Oi pessoal!!
Quando ainda estava no hospital, logo após o diagnóstico, fiquei com isso na cabeça... O que é essa doença?
Na escola a gente aprende e tal, mas quando não tem contato direto com a bendita acho que acabamos esquecendo como a coisa toda funciona... Sabemos que envolve açúcar no sangue, mas não entendemos qual a relação do açúcar com todo o resto que acontece com a gente!
Primeiro de tudo: nãããão, a diabetes tipo 1 NÃO tem nada a ver com comer muitos doces quando criança!
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Sim, eu sou diabético. Não, não é porque eu comi muito açúcar. |
A Diabetes Tipo 1 também é conhecida como Diabetes Infanto-Juvenil por se tratar de uma doença que, apesar de poder acontecer com qualquer um e em qualquer idade, costuma se manifestar principalmente nas crianças e jovens. É considerada uma doença auto-imune, onde as células beta do pâncreas - responsáveis por secretar insulina para regular as taxas de açúcar no sangue - são "assassinadas" (hahaha dramática) pelo nosso próprio organismo.
Essa "morte" do pâncreas é percebida através de alguns sintomas causados pela ausência da insulina em nosso organismo. Os sintomas, que já descrevi um pouco neste post AQUI, são:
Conforme mencionei antes, a insulina é responsável por levar o açúcar do sangue (glicose) para nossas células, onde fica armazenado e depois é utilizado para gerar energia. Sem a insulina, a glicose passa a se acumular no sangue, impossibilitando a utilização da mesma para a geração de energia. Esse quadro por um período muito prolongado faz com que a acidez do sangue diminua, causando a CETOACIDOSE (que infelizmente foi o meu quadro quando dei entrada no hospital - e o motivo que me fez ficar na UTI). Falarei mais a respeito da Cetoacidose em um outro post pois merece uma atenção especial.
O tratamento da Diabetes Tipo 1 envolve a aplicação de insulina, geralmente uma lenta (que pode ficar até 24h no organismo) combinada com uma de efeito rápido ou ultra-rápido (que deve ser aplicada antes das refeições ou logo em seguida). O que isso quer dizer? Que os portadores dessa bendita doença crônica devem aplicar insulina (e por aplicar entendam INJETAR) uma média de 3 vezes por dia - vai variar de acordo com o organismo de cada um (aqui podemos excluir as pessoas que usam bomba de insulina - assunto para outro post - que dão as agulhadas geralmente a cada 3 dias para trocar a cânula da bomba).
Além das picadinhas de insulina, também é necessário um rígido controle glicêmico, que é realizado por mais picadinhas, essas nas pontas dos dedos. O glicosímetro passa a ser o melhor amigo e companheiro inseparável de um diabético, pois é ele quem avisa se o índice glicêmico está muito alto, necessitando de correção com insulina, ou se está muito baixo, necessitando de correção ingerindo açúcar ou carboidratos.
Acho que deu para esclarecer um pouco como funciona a coisa toda, né? Aos poucos vou tentando explicar um pouco melhor. O mais importante é que todos entendam que essa doença não aparece por falta de cuidados ou de exames, uma infecção ou problemas emocionais como depressão ou até mesmo stress podem ser o botão de "partida" para ela se desenvolver.
Por hoje é só, pessoal!!
Beijos,
Thaís